CULTURA MÚSICA 

XANGAI FAZ SHOW-TRIBUTO AOS REIS DO RITMO NORDESTINO NA CAIXA CULTURAL DO RIO DE JANEIRO

Cantor e compositor baiano homenageia Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva em duas apresentações

Foto Renan Perobelli

É no ritmo do coco e do baião que a CAIXA Cultural do Rio de Janeiro recebe, nos dias 23 e 24 de junho de 2018 (sábado e domingo), às 19h, o show Xangai: afiando a língua com os reis do ritmo. Em duas apresentações, o cantor, compositor e violonista baiano Xangai invoca toda a informalidade e a riqueza poética características do Nordeste com uma homenagem a dois expoentes da música popular nordestina: Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

 Mesclando obras já conhecidas do público, Xangai oferecerá à plateia carioca interpretações das canções de Jackson e Jacinto, incluindo algumas já gravadas por ele. O violonista Ricardo Vieira, o flautista João Liberato e o percussionista Ricardo Hardmann acompanham o artista no palco.

 O músico já recebeu a láurea de Melhor Cantor na categoria Regional na edição de 2016 do Prêmio da Música Brasileira e seu álbum mais recente,Xangai, ficou entre os três indicados para o prêmio de Melhor Disco. Seu violão “pinicado”, os malabarismos vocais, a grande capacidade de improvisação e a simplicidade trazida do berço fazem dele uma figura ímpar na música brasileira.

 

Os homenageados:

Paraibano, Jackson do Pandeiro se notabilizou como cantor de cocos, baiões, rojões, xaxados, sambas e marchinhas de carnaval, e teve grande sucesso na década de 1950. É autor de O Canto da Ema, gravada por Lenine; Na Base da Chinela, cantada por Elba Ramalho; e Lágrima, célebre na voz e no violão de Chico Buarque. Por todo o talento e influência na música popular, ficou conhecido como o “rei do ritmo”, firmando um estilo particular onde desafiava o tempo, introduzia divisões e quebrava o canto para alongar ou comprimir a métrica.

 E se Jackson do Pandeiro sacudiu as estruturas da música popular brasileira com a força da embolada nordestina, o alagoano Jacinto causou menos repercussão no país, apesar de ter gravado 24 discos e composto mais de 200 músicas. Jacinto teve seu auge nas décadas de 1960 e 1970, sendo uma espécie de discípulo de Jackson. Como o mestre, era também versátil e dominava vários ritmos e estilos nordestinos.

 

Jacinto popularizou várias modalidades de coco, com destaque para o coco sincopado – gênero musical que fundia trava-língua com pique de embolada. Usando uma divisão rítmica peculiar, interpretava canções que possuíam armadilhas capazes de enrolar a língua daquele que não tivesse o talento típico dos emboladores. Somente no fim da vida, na década de 1990, teve um reconhecimento mais amplo e hoje pode ser considerado uma grande referência na música popular nordestina e brasileira.

 Ficha técnica:

Violão: Ricardo Vieira

Flauta: João Liberato

Percussão: Ricardo Hardmann 

Coordenação de Produção: Gabriela Góes

Técnico de som: Carlos Caji

Iluminação: Katia Barreto

Programação visual: Gabriel Leite

Realização: Maracujá Cultural

Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

 Serviço:

  • Show Xangai: afiando a língua com os reis do ritmo
  • Datas: 23 e 24 de junho de 2018 (sábado e domingo)
  • Horário: 19h
  • Duração: 90 min
  • Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Teatro de Arena
  • Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô e VLT: Estação Carioca)
  • Telefone: (21) 3980-3815
  • Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia. A venda de ingressos começa no dia 19 de junho (terça-feira).
  • Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 13h às 20h
  • Lotação: 226 lugares (mais 4 para cadeirantes)
  • Classificação Indicativa: Livre
  • Acesso para pessoas com deficiência

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